domingo, 22 de janeiro de 2017

A insustentável leveza do eterno retorno ~


Título bonito, né? Dois autores maravilhosos, um tenho comigo, o outro nunca terminei um livro sequer. Aliás, li pouco na vida, mas uma vez que um livro me cativa, certamente vou dar um jeito de tê-lo comigo novamente, só pra ter o prazer de riscá-lo, apontá-lo e meses depois abrir em uma página qualquer e encontrar a resposta para a questão da vida - naquele momento; pensando bem, acho que isso vale pra vários aspectos, mas não vem ao caso no momento. 

Não existe um assunto fechado que me faça dispor de uns minutos de atenção para reunir palavras em prol de uma atualização, assim como não existe intenção nas atualizações no feed do Facebook, apenas reflexão do momento, divulgar ali para os contatos, nada importante, nada demais. Decidi que neste ano vou escrever mais por aqui, atualizar de uma forma livre mesmo, sem ligar muito para a percepção do outro e sim para o rastro do sentir.

Eis um registro pessoal, afinal de contas, escrevo pra mim. O blog é MEU e escrevo o quê quiser, com direito à "errinhos e repetições". Mas pra começar o ano, vou fazer um ponderamento das situações ocorridas de modo despretensioso...

Primeiramente Fora Termer, não podia faltar né... poxa, tanta coisa ruim ocorreu em tão pouco tempo! Brasil em um completo caos político e todos nós com as mãos atadas, afinal de contas quando podemos virar o jogo, a gente vira o copo... infelizmente! Ainda acho que o "Fora Temer" pode resumir 2016. Daqui vinte ou trinta anos quando falarmos "Fora Temer", as pessoas vão levar mão até o coração e vão fazer um cara de desespero seguida da frase: "Não, por favor... de novo não!". Mas nem vou me atrever a comentar pois todo mundo já sabe, a história está aí, outros batem panela!

Segundamente e em outro parágrafo, descobri que preciso estudar... minha irmã fala que tenho a síndrome da eterna estudante, mas mana, né que tenho mesmo? E preciso aprender muito, muito e um pouco mais. Fico na dúvida se estudo mais Cinema ou História (Antropologia, Ciências Sociais), parecem cursos que se complementam; se eu tivesse um produtor executivo à minha disposição pra justificar todas as narrativas mirabolantes que passam pelas mãos e marcam o word, estudaria Cinema. Mas na minha juventude fui apressada e quis logo partir para a prática, ao invés de me concentrar na formação de base, então preciso escrever projetos técnicos que permeiam a sociedade e o tempo em que vivo, vou acabar optando pelo curso de História.

Mas falando em formação é invocado! Tenho uma amiga que cursou sete semestres de ciências sociais, alguns de psicologia, outros de administração e findou pegando o diploma de Cinema, gente... pense nessa mulher super preparada, empoderada e engajada com a nossa atual conjuntura! Depois que ela virou minha amiga pensei, "Cara, o exemplo está aqui na minha frente... o quê vou fazer da minha vida?". Como não levei um notão no Enem, Cinema já está fora de cogitação; ok, terminei UEA e tal, mas sei que algo me falta, muito por sinal. .. formação de base! 

Sobre o ano passado, sem falar das relações complexas que tive que ponderar com alguns seres humanos... ainda bem que os pensamentos não se transcrevem automaticamente, caso contrário já iria surgir fotos de personalidades aqui, seguida de alguma expressão whatsappeana.

Voltando, fiz duas coisas muito importantes ano passado, "Mundo de Papel" e "Territórios", se fosse resumir o ano seria basicamente isso. O primeiro, um curta escolar que foi resultado de uma Vivência de Cinema na Escola Estadual Ruy Alencar, financiado pela Capes, através da UEA. O segundo uma Série Documental produzida pela Eparrêi Filmes, com financiamento de uma Linha Documental do Prodav; dois produtos e a memória já se põe a desencadear uma gama de informação, pessoas, aprendizados, interessante a mente humana!

Também rolou segundas edições do Sarau Cinemá, com muito batuque do Maracatu Pedra Encantada, impressão do Fanzine, decoração e tudo o mais.. foi um belo evento. Simples e bonito! Já o Cine Bodó foi mais simples em sua segunda edição, tocamos a bola sem financiamento direto mas com o apoio de algumas instituições: Sesc Amazonas, Amacine Futuros Cineastas, Movimento Candirú, Picolé da Massa Produções, Eparrêi Filmes, Praia de Água Doce e Universidade do Estado do Amazonas. Trabalhamos apenas com a Exibição de Filmes; oficinas de formação e roda de conversa ficaram engavetadas, essas atividades exigem muita dinâmica, mobilização e logística... isso demanda dinheiros. A novidade foi abrir inscrições para todo o Brasil, uma experiência única receber centenas de filmes dos mais variados estilos, nossa, isso vai ter repeteco agora na terceira edição. Para os dois projetos, tivemos um público e uma receptividade à seu modo, a ponto de valer a pena pensar na terceira edição de cada um. É isso produção!

E no fim, bem no finzinho do ano tenho uma surpresa boa, diferente e inesperada. Um diretor de Boa Vista-Roraima, me convidou para interpretar, obs: interpretar e não figurar, uma personagem em seu primeiro curta-metragem. Ele é rodado em documentários, mas "Lubna" é seu primeiro de ficção e eu fiquei muito agradecida pela oportunidade, daqui prali o filme sai... abracei a chance e me joguei, espero não ter decepcionado sua escolha e expectativas ao realizar o convite, confesso estar ansiosa. 

Mas na realidade não posso recapitular pedaços de importâncias distribuídas em um ano de doze meses, então cito alguns títulos como forma de memorizar alguns percursos; pra depois, bem depois daqui uns anos, vir aqui matar a saudade ou refletir sobre o ontem e o momento que estarei... pois bem. Estamos em Janeiro e já estou ponderando o porvir. Para que as coisas aconteçam é necessário se ter planejamento, aprendi com essa minha amiga, aliás aprendo muita coisa com ela; não vou nem espalhar muito pois tenho ciúmes dos meus amigos! Então, lá vamos nós... curtir os últimos anos na casa dos vinte, pois logo menos daqui há pouco vou ter que encarar os fatos, e levar a vida à sério, ou não... mas de todo modo, melhor ir logo se preparando. Até mais srt. Praia!

Ei, trinta é a lei ~



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