É tão interessante como um elemento da natureza, pode inspirar alguém a escrever uma história! Claro que esses momentos são raros, pelo menos no meu caso. As narrativas geralmente
surgem da observação e elas não me vem completas... Observo um elemento e anoto, depois outro, depois uma cor, um
cheiro e assim vai.
Geralmente é:
1% de inspiração
e
99% de t r a n s p i r a ç ã o.
Dia desses, estava eu na minha casinha de sapê, a chuva caia docemente, parecia uma canção de ninar... estamos no inverno amazônico, por essa época é possível chover por dias a fio, em rítmicas completamente diversas. Em uma
dessas circunstâncias, lá estava eu, prontinha pra dormir, mas quem disse que o
sono vinha?
Liguei o computador, tentei assistir alguma coisa, não consegui; tentei escrever alguma coisa, mas não
saiu nada, no máximo um relato dos sentimentos confusos e tal...
Desliguei. Mais uma vez tentei dormir e nada... Foi quando decidi trocar
as teclas por folhas em branco e caneta.
Fiz uns rabiscos, início, meio e fim de uma história,
inspirada naquela chuva, naquele clima noturno, eis que consigo terminar os rabiscos que possivelmente seria uma proposta
de story bord, percebei que estava apta para passar para computador, não deu
outra, depois de terminar minha alma se acalmou, eis que surgiu uma proposta de roteiro, “Benzadeus”.
No dia seguinte mostrei para um amigo, Moacyr
Massulo e ele fez algumas observações necessárias, mas quem diria que um dia
alguma coisa sairia assim... De inspiração. Vejo a Amazônia como um mar de narrativas infinitas, poderia ser uma especialização para a vida... mas tá, vamos com calma. Escrever é uma coisa, produzir são outros quinhentos!
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